São já seis as edições realizadas num dos locais de maior beleza do País, a aldeia presépio do Piódão, mas isso não é tudo para a organização. Os limites oferecidos pela zona em si criam-nos todos os anos problemas orgânicos difíceis de resolver. Os planos B são quase uma miragem nesta aldeia. Espaço, estacionamento, banhos, piso duro e os problemas causados pelo ICNF, fazem com que a organização desta prova pelo Mundo da Corrida seja uma luta todos os anos.
Na edição de 2019, há alterações que consideramos bastantes positivas e que acabam de vez com os diferendos existentes entre a organização e o ICNF no acesso à aldeia da Fórnea. Não ir à Fórnea implica não entrar na aldeia da Covanca para o acesso ao picoto cebola. A alternativa que nos foi dada era a estrada, o que não seria do agrado dos atletas.
Mas, há males que vêm por bem, fomos para o terreno à procura de uma alternativa que para além de melhorar o percurso, tornasse a prova mais apetecível. Querendo continuar a ir ao picoto cebola as alternativas não eram muitas. Não podendo ir ao cume pelo lado da frente, a alternativa era pela parte de trás. Foi assim que nasceu a ideia de no alto do Açor tomar o caminho do trilho carro de bois (antiga rota do sal), em direção de Sobral de São Miguel. Trilho lindíssimo até à aldeia.
Junto ao rio, inicia-se o percurso que nos leva ao picoto cebola (em terras de São Jorge da Beira), para depois descermos à Malhada Chã. A prova ganhou em termos de paisagem, ganhou em termos de altimetria (3230+) e tornou-se mais apetecível tanto para os atletas da frente como para os atletas de pelotão.